quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
Números do turismo de 2010 animam mercado em 2011
O Ministério do Turismo fechou os números de 2010 até novembro e detectou três noticias boas:
1. A retomada do crescimento dos desembarques internacionais que estava estagnada nos últimos quatro anos, que já significam recorde histórico, mesmo antes de se somar os números de dezembro.
2. Os desembarques nacionais cresceram muito acima de qualquer outro indicador de crescimento, como PIB e atividade industrial, tambem significando recorde histórico neste setor.
3. A entrada de dólares do turismo aumentou de forma consistente e tambem pode vir a ser recorde, promovendo um melhor equilíbrio nas contas do turismo.
O que fez estes números tomar tamanha robustez, na opinião de José Francisco Salles Lopes, Diretor de Estudos e Pesquisas do Ministério do Turismo, foi: concorrência entre as empresas aéreas que forçaram a abertura de mercados e a distribuição de renda, com a chegada de um contingente muito grande de pessoas na Classe C, provocando uma mobilidade social considerável e impressionante. “Mercado livre e dinheiro no bolso do povo deu esta vitalidade ao setor”, resume ele.
José Francisco Salles Lopes é o personagem que deu números ao turismo brasileiro a partir da criação do Ministério do Turismo, produzindo uma série de estudos, tais como:
Boletim de Desempenho Econômico do Turismo, que apresenta resultados de sondagem conjuntural qualitativa trimestral
Esta publicação trimestral traz o resultado da análise qualitativa da conjuntura econômica do turismo no Brasil realizada junto a dirigentes dos setores de meios de hospedagem, agências de viagem, operadores de e agências de viagem de receptivo, organizadores de eventos, transporte aéreo, empresas aéreas e parques temáticos. O estudo revela a avaliação do empresariado de três momentos distintos em relação ao seu negócio: o atual, o passado recente resultado de suas observações relativas ao trimestre anterior e a perspectiva para o trimestre seguinte em comparação ao recém concluído.
Sondagem do Consumidor - Intenção de Viagem - com periodicidade mensal sobre a intenção de realizar viagens nacionais e internacionais.
Esta sondagem conjuntural mensal é realizada em sete regiões metropolitanas (Porto Alegre entre elas), com consultas a 2.100 famílias, sobre a intenção de realizar viagens nacionais e internacionais nos próximos seis meses.
Pesquisa Anual de Conjuntura Econômica do Turismo, que traça um panorama do cenário econômico do setor de turismo no Brasil a partir da opinião dos principais executivos de turismo do país.
Levantamento qualitativo e quantitativo, de âmbito nacional, sobre o cenário econômico do setor de turismo. Realizado com os 50 principais executivos de hotelaria, agências, operadores e organizadores de eventos mostra a percepção desses empresários em relação ao momento atual dos negócios e as perspectivas para o ano.
Os bons números de 2010 no Rio Grande do Sul poderão ser vistos no Cenário da Hotelaria Gaucha que será publicado em fevereiro.
Pesquisa de sensibilidade:
O FRONTDESK ouviu 6 empresários da hotelaria gaucha que, juntos, representam aproximadamente 20% dos quartos de hotel no estado do Rio Grande do Sul. Opinião unânime: “vamos crescer em 2011”.
PROBLEMAS E SOLUÇÕES NO HORIZONTE
No mês de dezembro de 2010, um grupo local, organizado pela publicação, com especialistas e empresários do setor de hospedagem e turismo, na cidade de Gramado, concluíram que o crescimento do turismo receptivo nacional e internacional do Brasil passa pelo desatamento de dois nós:
Os aeroportos do Brasil precisam de dinamismo, desregulação e, ou são privatizados, ou se abre concorrência para que as empresas possuam seus próprios terminais, ou ainda que empresas privadas construam aeroportos. A INFRAERO não tem condições de existir em um mundo competitivo como o que o Brasil está integrado atualmente.
A EMBRATUR bateu no teto em termos de promoção. O fracasso da promoção do turismo brasileiro no exterior está expresso nos números, que não se movem de forma significativa ao longo do tempo. A EMBRATUR deve ser extinta e seu trabalho deve ser passado para a iniciativa privada, através de organismos que tenham compromissos com metas e que o lucro seja um objetivo a alcançar.
O fim deste modelo significará o salto que o Brasil precisa para romper o marasmo e talvez seja a forma mais visível de uma saída para que o turismo tenha significância econômica e torne-se um player de peso no cenário político da nação. De nada adiante ter ministério do turismo se o mesmo serve apenas para “barriga de aluguel” de outros interesses. Foi o que se viu no caso da enxurrada de eventos no ano de 2010 que descambou para a retirada destes da LDO 2011
Estas duas atitudes levariam o estado brasileiro a precisar de uma Agencia Nacional de Turismo, para regular o mercado, e seu “berço esplêndido” foi construído com a Lei Geral de Turismo, publicada em 2008 e regulamentada em dezembro de 2010.
Fonte: ABRESI - Associação Brasileira de Gastronomia, Hospedagem e Turismo
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