quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Eco-Dicas para Hotéis




Eco-eficiência e eficiência energética
•Economize toalhas e lençóis. Sugerir aos hóspedes a opção de não ter as toalhas trocadas diariamente, para economizar água e energia. Trocar uma vez a cada 3 dias já está de bom tamanho. O mesmo vale para os lençóis.
•Limpe ou troque os filtros do seu ar condicionado com frequência.
•Troque suas lâmpadas incandescentes por fluorescentes. Lâmpadas fluorescentes gastam 60% menos energia que uma incandescente e duram mais tempo. Mas atenção: lâmpadas fluorescentes contém metais pesados, portanto exigem maior atenção no descarte.
•O uso sistemas automáticos de controle de iluminação e equipamentos reduz em 30% o consumo de energia.
Ar-Condicionado
•Atenção à escolha do sistema de ar condicionado. Evite a instalação de equipamentos que usam HFCs (são gases que não atacam a camada de ozônio como o Freon, mas possuem um Potencial de Aquecimento Global de mil a 10 mil vezes mais forte que o CO2).
•Já existem gases ecológicos, como o R-134A, totalmente neutro em relação ao efeito estufa.
•O vazamento desses gases pode acontecer quando o manuseio é feito de forma inadequada durante a instalação, manutenção ou desativação dos equipamentos e sistemas.
•Se o hotel possui um sistema central, atenção redobrada aos vazamentos nos dutos de distribuição.
Resíduos
•É essencial separar o lixo orgânico, lixo reciclável e lixo não-reciclável.
•O lixo orgânico pode ser transformado em adubo orgânico para hortas, jardins e plantas.
•Certifique-se que o lixo reciclável têm o fim apropriado pelas cooperativas e empresas que coletam no local.
•O lixo não-reciclável é destinado aos lixões e aterros sanitários. Lixões são proibidos e a maioria dos aterros sanitários são inadequados. Portanto, certifique-se de que o problema do lixo será realmente resolvido pelas organizações que recebem os resíduos de sua organização.
•Esse singelo e importante critério também é válido e suficiente para os efluentes líquidos, vulgo esgoto.
Reduzindo os impactos indiretos
•Compre alimentos produzidos na sua região. Fazendo isso, além de economizar combustível, você incentiva o crescimento da sua comunidade, bairro ou cidade.
Eco-Dicas para Eventos
Transportes
•Priorize viagens aéreas com o mínimo possível de escalas.
•Ofereça facilidades de transporte coletivo aos participantes do evento, reduzindo o número de veículos individualizados.
Lixo
•Um dos impactos mais visíveis em eventos é a quantidade de lixo gerada. Eliminar o lixo gerado deve ser um objetivo dos organizadores.
•Priorize o uso de louças: sirva café em xícaras e não em copos descartáveis, água em jarros e copos de vidro e não em garrafas ou copos descartáveis. Isso pode reduzir aproximadamente 150 gramas de lixo plástico.
•Utilize açúcar e adoçante a granel. O uso de saches gera lixo e desperdício de produto.
•Evite a distribuição de materiais impressos de divulgação. Tecnologias digitais estão cada vez mais acessíveis e podem ser até mais baratas dependendo do volume de materiais distribuídos durante o evento.
•Realize parcerias com empresas ou cooperativas de coleta seletiva para que o lixo gerado no evento seja recolhido e reciclado.

Fonte: Evento Neutro

domingo, 20 de fevereiro de 2011

O parque hoteleiro para a Copa 2014 e a Olimpíada 2016 no Brasil - Por Caio Sergio Calfat Jacob*




O parque hoteleiro brasileiro para a Copa do Mundo de Futebol de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016 é insuficiente e, no geral, de qualidade inferior à exigida pela FIFA e pelo COI. Das doze cidades-sede para a copa, somente São Paulo possui um parque hoteleiro que atende, em quantidade e qualidade, às características determinadas.

A destinos como Rio de Janeiro, Salvador, Recife, Fortaleza, Natal e Manaus (todos com atrações para turismo de lazer, além dos de negócios e eventos), será necessária a construção de novos empreendimentos, além da renovação daqueles que se localizam à beira-mar ou beira-rio; a destinos como Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre e Curitiba, além do aumento do número de hotéis existentes, haverá a necessidade de renovar parte da oferta em operação. E finalmente, em Cuiabá, o destino possui um reduzido parque hoteleiro, sendo que alguns poucos são qualificados.

Quanto ao Rio de Janeiro, que sediará também os jogos olímpicos, há necessidade de um parque hoteleiro ainda maior e sua oferta atual, junto à orla de Copacabana e Ipanema é insuficiente e, no geral, antiga e com ampla necessidade de renovação.

Há três problemas fundamentais: os hotéis a serem renovados e construídos nas cidades-sede da copa deverão atender à necessidade de demanda regular, não somente a gerada durante a copa, sob o risco de super-oferta de hospedagem; há poucos empreendimentos hoteleiros em construção ou renovação e os financiamentos criados pelos bancos públicos e privados para a construção de novos hotéis visando à copa não estão sendo contratados na quantidade necessária, devido a vários fatores, sobretudo os entraves legais estabelecidos pelos agentes financeiros.

Sendo assim, o SECOVI-SP (Sindicato da Habitação, entidade institucional líder do setor imobiliário brasileiro), por meio de seu Núcleo Imobiliário-Turístico e Hoteleiro, criou comissões de trabalho para desenvolver este assunto com profundidade, exigindo dos agentes envolvidos, eficiência, rapidez e desburocratização, em vista do prazo que rapidamente se esgota. Este núcleo, conta com representantes das principais redes hoteleiras com atuação no país, como Accor, Atlantica, IHG, Hilton, Hyatt, Marriott, Starwood, Sol Meliá, BHG, GJP, Blue Tree, entre outras; além das principais empresas de consultoria imobiliária e hoteleira como HVS, Jones Lang LaSalle Hotels, Caio Calfat, Neoturis, Newmark Knight Frank, Cushman & Wakefield, CB Richard Ellis, PricewaterhouseCoopers e de algumas das mais significativas entidades do setor hoteleiro e turístico brasileiro.

Os mais importantes tomadores de decisão e formadores de opinião dos setores imobiliário-turístico e hoteleiro do Brasil, portanto, estão envolvidos neste núcleo, com o objetivo de encontrar e realizar as melhores condições para viabilizar o parque hoteleiro para a Copa 2014 e a Olimpíada 2016, sem excessos e riscos de super-oferta.

* O Engº Caio Calfat é coordenador do Núcleo Hoteleiro e Imobiliário-Turístico – setor de Gestão Estratégica – do SECOVI-SP (Sindicato da Habitação)

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011



O Ministério do Turismo definiu quatro eixos de atuação para a Copa de 2014 e um deles diz respeito à qualificação profissional, juntamente com promoção e imagem, requalificação do parque hoteleiro e infraestrutura turística.

O Bem Receber Copa é um programa de qualificação profissional do Ministério do Turismo, em parceria com entidades do setor, que tem como objetivo capacitar o setor de turismo para atingir padrões internacionais de qualidade nos serviços turísticos, focando em Pessoas, Empresas e Destinos.

Com o slogan “ O Sucesso do Brasil na Copa está em Nossas Mãos”, o programa será implementado em parceria com entidades integrantes do Conselho Nacional de Turismo (CNT) dos segmentos de Alimentação, Transporte, Receptivo, Hospedagem, Entretenimento, Negócios e Eventos.

O programa pretende qualificar 306 mil profissionais do turismo até 2013, com metodologia adotada pelo MTur, em cursos presenciais e a distância. Nessa conta, incluem-se todos aqueles profissionais da chamada “linha de frente”, ou seja, aqueles que terão contato direto com os turistas da Copa, em diversas áreas. No primeiro momento serão atendidos: motoristas, camareiros, garçons, recepcionistas, pessoal de aeroportos, entre outros.

Para mais informações, acesse www.bemrecebercopa.com.br

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Números do turismo de 2010 animam mercado em 2011



O Ministério do Turismo fechou os números de 2010 até novembro e detectou três noticias boas:

1. A retomada do crescimento dos desembarques internacionais que estava estagnada nos últimos quatro anos, que já significam recorde histórico, mesmo antes de se somar os números de dezembro.

2. Os desembarques nacionais cresceram muito acima de qualquer outro indicador de crescimento, como PIB e atividade industrial, tambem significando recorde histórico neste setor.

3. A entrada de dólares do turismo aumentou de forma consistente e tambem pode vir a ser recorde, promovendo um melhor equilíbrio nas contas do turismo.
O que fez estes números tomar tamanha robustez, na opinião de José Francisco Salles Lopes, Diretor de Estudos e Pesquisas do Ministério do Turismo, foi: concorrência entre as empresas aéreas que forçaram a abertura de mercados e a distribuição de renda, com a chegada de um contingente muito grande de pessoas na Classe C, provocando uma mobilidade social considerável e impressionante. “Mercado livre e dinheiro no bolso do povo deu esta vitalidade ao setor”, resume ele.

José Francisco Salles Lopes é o personagem que deu números ao turismo brasileiro a partir da criação do Ministério do Turismo, produzindo uma série de estudos, tais como:

Boletim de Desempenho Econômico do Turismo, que apresenta resultados de sondagem conjuntural qualitativa trimestral

Esta publicação trimestral traz o resultado da análise qualitativa da conjuntura econômica do turismo no Brasil realizada junto a dirigentes dos setores de meios de hospedagem, agências de viagem, operadores de e agências de viagem de receptivo, organizadores de eventos, transporte aéreo, empresas aéreas e parques temáticos. O estudo revela a avaliação do empresariado de três momentos distintos em relação ao seu negócio: o atual, o passado recente resultado de suas observações relativas ao trimestre anterior e a perspectiva para o trimestre seguinte em comparação ao recém concluído.

Sondagem do Consumidor - Intenção de Viagem - com periodicidade mensal sobre a intenção de realizar viagens nacionais e internacionais.

Esta sondagem conjuntural mensal é realizada em sete regiões metropolitanas (Porto Alegre entre elas), com consultas a 2.100 famílias, sobre a intenção de realizar viagens nacionais e internacionais nos próximos seis meses.

Pesquisa Anual de Conjuntura Econômica do Turismo, que traça um panorama do cenário econômico do setor de turismo no Brasil a partir da opinião dos principais executivos de turismo do país.

Levantamento qualitativo e quantitativo, de âmbito nacional, sobre o cenário econômico do setor de turismo. Realizado com os 50 principais executivos de hotelaria, agências, operadores e organizadores de eventos mostra a percepção desses empresários em relação ao momento atual dos negócios e as perspectivas para o ano.

Os bons números de 2010 no Rio Grande do Sul poderão ser vistos no Cenário da Hotelaria Gaucha que será publicado em fevereiro.

Pesquisa de sensibilidade:

O FRONTDESK ouviu 6 empresários da hotelaria gaucha que, juntos, representam aproximadamente 20% dos quartos de hotel no estado do Rio Grande do Sul. Opinião unânime: “vamos crescer em 2011”.

PROBLEMAS E SOLUÇÕES NO HORIZONTE
No mês de dezembro de 2010, um grupo local, organizado pela publicação, com especialistas e empresários do setor de hospedagem e turismo, na cidade de Gramado, concluíram que o crescimento do turismo receptivo nacional e internacional do Brasil passa pelo desatamento de dois nós:

Os aeroportos do Brasil precisam de dinamismo, desregulação e, ou são privatizados, ou se abre concorrência para que as empresas possuam seus próprios terminais, ou ainda que empresas privadas construam aeroportos. A INFRAERO não tem condições de existir em um mundo competitivo como o que o Brasil está integrado atualmente.

A EMBRATUR bateu no teto em termos de promoção. O fracasso da promoção do turismo brasileiro no exterior está expresso nos números, que não se movem de forma significativa ao longo do tempo. A EMBRATUR deve ser extinta e seu trabalho deve ser passado para a iniciativa privada, através de organismos que tenham compromissos com metas e que o lucro seja um objetivo a alcançar.

O fim deste modelo significará o salto que o Brasil precisa para romper o marasmo e talvez seja a forma mais visível de uma saída para que o turismo tenha significância econômica e torne-se um player de peso no cenário político da nação. De nada adiante ter ministério do turismo se o mesmo serve apenas para “barriga de aluguel” de outros interesses. Foi o que se viu no caso da enxurrada de eventos no ano de 2010 que descambou para a retirada destes da LDO 2011

Estas duas atitudes levariam o estado brasileiro a precisar de uma Agencia Nacional de Turismo, para regular o mercado, e seu “berço esplêndido” foi construído com a Lei Geral de Turismo, publicada em 2008 e regulamentada em dezembro de 2010.


Fonte: ABRESI - Associação Brasileira de Gastronomia, Hospedagem e Turismo